APRENDENDO COM A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO Lucas 15 : 11-24

A Paz do Senhor esteja contigo!

A parábola do filho pródigo é muito utilizada para diversas aplicações; hoje estarei fazendo um estudo desta Palavra “Lucas 15 : 11-25” onde será verificado o maior dos pecados do tal filho, o qual, na maioria das aplicações, não é dado tanta ênfase. Espero que este estudo possa falar profundamente ao seu coração e que possa ajudar muitas pessoas estar mais próximas de Jesus.

Para iniciar o estudo, vamos entender o que significa a palavra pródigo: perdulário ou seja, que gasta em excesso; Ao lermos o título desta parábola, muitas vezes as pessoas se enganam confundido a palavra pródigo com prodígio; desta maneira, a parábola que estudaremos é a “parábola do filho que gastou em excesso”. É aí que começo a questionar o maior pecado desse jovem: o que ele gastou em excesso, será que o pecado foi gastar em excesso o dinheiro que o pai lhe deu?

Pois bem, vamos ver o início da parábola: Lucas 15 : 11 – 13 “Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente”

Ao ler este início, chamo a sua atenção para a saída, do filho, da casa do pai; não foi de uma vez, primeiro ele pediu os bens, depois, passado alguns dias, é que ele parte de lá. Ele foi se desligando sutilmente de seu pai, do local em que ele vivia.

Levanto os seguintes questionamentos: o que motivou ele pedir seus bens ao seu pai? O que o motivou ele sair da casa de seu pai e ir para uma terra distante?  E o que fez com que ele desperdiçasse todo o dinheiro/bem que ele tinha em tão pouco tempo?

Seguindo: Lucas 15 : 14 “Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade”. O que estava mal, piorou. Além de não ter mais bens, o local onde ele estava passava por um período de fome, e o jovem rico, agora passava necessidade, não encontrando ninguém para ajuda-lo.

O caminho deste jovem era buscar meios para sobreviver: Lucas 15 : 15-16 “Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus a guardar porcos. Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.” A ajuda que lhe veio foi um trabalho como tratador de porco ; ele acreditava que, junto aos porcos, sua fome seria saciada, mas isso não aconteceu, nem mesmo comida dos porcos sobrava para ele.

Lucas 15 : 17 – 19 “Entrou então em si e refletiu: Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância... e eu, aqui, estou a morrer de fome!  Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e contra ti;  já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados.” Neste momento ele se arrependeu e viu na casa de seu pai a possibilidade de viver dignamente como um empregado e não mais como filho.

Lucas 15 : 20 24 “Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, o abraçou e o beijou.  O filho lhe disse, então: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai falou aos servos: Trazei-me depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés. Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa. Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado. E começaram a festa.” Crendo que seu pai teria misericórdia, foi até ele e encontrou mais do que misericórdia, mas o amor e a felicidade do seu pai em ter novamente seu filho aos seus braços.

Visto isto, meu aprendizado com esta parábola me faz concluir que muitas vezes verdadeiros filhos de Deus sutilmente, “seduzidos” pelos atrativos do mundo, vão se afastando da presença do Senhor; aos poucos deixam de ir à igreja, deixam de orar, de ler a palavra. Não é algo instantâneo, mas como disse, é algo sutil, até que deixam de estar na presença do nosso Pai. Assim, lançam-se as mazelas do mundo: “baladas”, bebedeiras, promiscuidade, prostituição, começam a ter um vocabulário torpe, atitudes que nem de longe são de pessoas que querem ter a identidade com Cristo. E, como diz no Salmo 42 : 7 “Um abismo chama outro abismo (...)”, o que está ruim, começa a piorar, porque uma decisão tomada  te habilita para outras decisões, começa haver uma sequência de fatos, especialmente no mundo espiritual, que não serão coisas boas para quem não está na presença do Senhor.

No caso do jovem desta parábola, quando chegou no “fundo do poço”, na maior miséria que ele podia viver (vivendo pior que porcos, não tendo nem a lavagem que os porcos tinham para comer) reconheceu o Pai (Deus) como seu Salvador e pediu perdão, voltou para a Casa do Pai, voltou para Deus. E o Pai o recebeu com festa, com amor, com o perdão.
Qual foi o maior pecado deste jovem? É o maior pecado de muitos filhos de Deus, as maiores vítimas em potencial: foi se distanciar da Casa do Pai.

Lembremo-nos: o que o homem planta é o que ele irá colher. Ao se distanciar de Deus, de Jesus, do Espírito Santo (uma decisão tomada), acaba por abrir as brechas para que o diabo venha se apoderar da vida dessa pessoa.

Se você está como o filho pródigo, eu te pergunto agora: o que lhe motivou a sair da presença do Pai? Como ou o que o diabo tem usado para seduzir você a deixar a presença de Jesus? Quais são as suas desculpas para não orar, não ler a Palavra, não ir à igreja? O que está fazendo você ficar distante de Deus? Qual lucro você está tendo em gastar seu tempo com outras coisas que não seja o tempo que você deveria ter em intimidade com o Senhor? Como você tem habilitado o diabo agir em sua vida?

Se você está como o filho pródigo, faça como ele fez no final, arrependa-se, peça perdão ao Senhor e volte o mais rápido para a Casa do Pai, com certeza ELE será misericordioso, te acolherá com amor e felicidade e haverá festa no céu por você estar de volta.

Portanto, finalizo aqui dizendo que todos nós devemos estar sempre na Casa do Senhor, nunca distanciar do nosso Pai, só assim é que estaremos livres da sedução do mundo e suas mazelas, não damos brechas ao inimigo, além disso, ao estar na presença do Senhor somos renovados a cada dia de nossa existência, somos motivados a dar mais um passo à frente em busca do cumprimento de todas as promessas que ELE tem para nós.

Estudo Inspirado pela pregação do Apóstolo Wissan Halawi “Vivendo em família” – Casa Firme Alpha (05/05/2013)

Oração: Pai Querido e Amado Deus, venho diante de Ti Paizinho, agradecer ao Senhor por mais um dia de vida e por tudo o que o Senhor tem feito em nossas vidas. Abba Pai, Pai da Graça e da misericórdia, perdoa-me por meus pecados, perdoa-me se um dia fui como o filho pródigo, se desperdicei meu tempo com outras coisas que não provinham do Senhor, perdoa-me Pai se eu deixei de estar na Sua presença para estar com as coisas do “mundo”. Paizinho Querido, peço-Te agora para que o Senhor cubra-me com o sangue de Jesus que tem poder, blindando-me contra todo o mal, deixa-me invisível aos olhos do inimigo. Que eu esteja sempre em Tua presença, que a cada dia eu possa ser renovado no Senhor e na força do Seu poder e que tanto eu, quanto a minha família possamos a cada dia servir ao Senhor, que eu seja usado como seu interlocutor aqui na Terra para ajudar as pessoas a conhecer e aceitar Jesus como único e suficiente Salvador. Em nome de Jesus eu oro. Amém e Amém.